No seguimento da proposta de trabalho do segundo semestre para a disciplina Teoria do Design, estudei e apresentei sobre o tema SLOW DESIGN.
> SLOWLAB
é uma organização emergente com sede em Nova York e com atividades em todo o
mundo
>
a missão da organização é
promover a “lentidão”, ou seja o SLOW DESIGN
como um catalisador positivo
do indivíduo, de bem-estar sócio- cultural e ambiental
> o objectivo é envolver as capacidades criativas
inatas dos indivíduos e o potencial de colaboração das comunidades para
estimular redes de cooperação e incitar novas ideias e abordagens.
>fundada em 2003 por Alistair
Fuad-Luke e Carolyn F. Strauss o slow design tem vindo a crescer e a criar uma rede
de activistas criativos que trocam ideias, recursos, conhecimentos e
desenvolvem projectos que provocam e pretendem criar um impacto positive.
PRINCÍPIOS
> o conceito aplica-se não só a produtos físicos mas também ao design de questões “não-materiais” como experiências, processos, serviços e organizações
> tem como base 6 principios e pode ser visto como um caminho para a desmaterialização necessária para a sustentabilidade a longo prazo, uma vez que tem em conta a natureza não-material do bem-estar humano e felicidade.
> na prática do nosso dia-a-dia, deverá servir como ferramenta para o designer interrogar, avaliar e reflectir sobre as ideias, processos e resultados, numa visão que visa a sustentabilidade do corpo, mente e produto.
1. REVELAR
REVELA ESPAÇOS E EXPERIÊNCIAS NA VIDA QUOTIDIANA QUE MUITAS VEZES SÃO PERDIDAS OU ESQUECIDAS, INCLUINDO MATERIAIS E PROCESSOS ESQUECIDOS NA CRIAÇÃO OU EXISTÊNCIA DE UM ARTEFACTO.
2. EXPANDIR
CONSIDERA AS REAIS E POTENCIAIS “EXPRESSÕES” DOS ARTEFACTOS E AMBIENTES PARA ALÉM DA FUNCIONALIDADE PERCEBIDA, DOS SEUS ATRIBUTOS FÍSICOS E DA EXPECTATIVA DA VIDA.
3.REFLECTIR
LENTAMENTE E DE FORMA SUBTIL, DESENHA ARTEFACTOS E AMBIENTES QUE INDUZEM CONTEMPLAÇÃO E REFLEXÃO DE FORMA A QUESTIONAR, PROCURAR E ENTENDER
4.COOPERAR
OS PROCESSOS DE SLOW DESIGN SÃO “OPEN SOURCE” E COLABORATIVOS, CONTAM COM A PARTILHA, COOPERAÇÃO E TRANSPARÊNCIA DE INFORMAÇÕES PARA A EVOLUÇÃO DOS PROJECTOS NO PRESENTE E FUTURO.
5.PARTICIPAR
INCENTIVA AS PESSOAS A TORNAREM-SE PARTICIPANTES ACTIVOS NO PROCESSO DE DESIGN, CUMPRIR AS IDEIAS DE CONVÍVIO E TROCA, DE MODO A PROMOVER A RESPONSABILIDADE SOCIAL E MELHORAR AS COMUNIDADES
6.EVOLUIR
RECONHECE QUE EXPERIÊNCIAS PODEM SER MAIS RICAS SE SURGIREM A PARTIR DA MATURAÇÃO DINÂMICA DE ARTEFACTOS E AMBIENTES AO LONGO DO TEMPO. OLHA PARA ALÉM DAS NECESSIDADES E CIRCUNSTÂNCIAS DO HOJE PELO QUE OS RESULTADOS FORMAM-SE DA PRESERVAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO.
PROJECTOS
AMAZINGNESS _ Anna Hillman
Cada uma das fotografias mostra a beleza da natureza que está em processo o tempo todo, até mesmo na mais movimentada rua urbana. A artista espera que o seu projeto abra caminho para os moradores da cidade experimentarem e apreciarem a maravilha do mundo à sua volta, ajudando as pessoas a sentirem-se mais conectados com o pulso da vida que os rodeia
ROLLING STONE _ Tinna Gunnarsdottir and Karen Chekerdjian
A ideia por trás dessa colaboração com a artista islandesa Tinna era projectar um tipo completamente diferente de recipiente e, ao mesmo tempo, um objecto que não pode ser controlado. O resultado, um objeto em forma de bola genial, com um corte no meio, cumpre ambos os desejos. Quatro dos oito desenhos originais foram produzidos
e estão disponíveis em edições limitadas de 4 peças cada, em madeira, plástico ou aço inoxidável.
ECO-CATHEDRAL _ Louis Le Roy
Num espaço de 2 hectares, Le Roy empilhou com as próprias mãos, tijolos, pedras, fios e outros desperdícios que foi encontrando e permitiu que a Natureza se apropriasse sem impedimentos, construindo e compondo a edificação. As ideias que sustentam o projecto é a importância do factor tempo nos processos espaciais e o desenvolvimento de sistemas dinâmicos e redes complexas explorando a forma como se pode trabalhar com a natureza no espaço e no tempo. Evidencia a maneira como o homem e a natureza se moldam e completam.
LIVING WITH THINGS _ Monika Hoinkis
Propõe uma série de sete objetos do cotidiano, alterando a sua funcionalidade, e que exploram como momentos íntimos podem ser criadas entre um humano e um objeto. O inteligente re-funcionamento desses objetos torna-se tão dependente do usuário como ele deles: uma lâmpada de mesa sem dobradiças que implora para ser embalada na mão em concha ou um rádio que funciona apenas com a proximidade de um corpo quente. Hoinkis diz “Isto não vai mudar o mundo, mas pode alterar a nossa percepção dele , e talvez abrir novas formas de olhar para as coisas. que muitas vezes tomamos por concedido."